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5 deveres de casa que precisamos fazer


13/07/2016 - 16:59:14

Não é o momento de sermos pessimistas nem tampouco otimistas. É a hora de nos mantermos bem informados, adotarmos uma série de precauções e continuarmos sonhando, porém com os pés no chão.

Por: César Souza

Até o ano passado tivemos quase duas décadas de uma ilusória bonança no nosso Brasil. E como resultado hoje temos um baita desequilíbrio dos principais indicadores macroeconômicos: inflação crescendo muito mais do que o desejado, economia praticamente estagnada e taxa de câmbio muito instável.

Este cenário vem impactando dois importantes personagens econômicos. Os investidores, cada vez com menos confiantes no nosso país e mais freio de mão puxado. E os consumidores, com poder de compra diminuído, selecionando melhor seus gastos para não viver na inadimplência. Com investidores investindo menos e os consumidores consumindo menos, a crise se estende e não será superada em curto prazo.

Por essa razão, que prefiro dizer que estamos atravessando um novo ciclo. A crise levará ao menos todo este ano de 2015 e grande parte de 2016. Nossa economia está passando por um macro ajuste para sanar as sequelas de uma série de decisões erradas tomadas anteriormente.

O remédio que curará nosso país é amargo e cada brasileiro tem que fazer sua parte nesse tratamento. Então, seja você dono de uma empresa, funcionário contratado ou trabalhe por conta própria, vale a pena focar em cinco atitudes capazes de definir seu sucesso ou fracasso neste novo ciclo desafiador:

1 - Esteja mais próximo do que nunca dos seus clientes: Esta não é a hora de cortar verba de publicidade e se afastar da mente dos clientes. É o momento de se mostrar, investir em campanhas de marketing e de adequar produtos/serviços às necessidades que o mercado exige. É necessário evitar ao máximo reduzir as equipes de vendas ou vetar despesas com viagens ou visitas à clientes. Quem não estiver junto dos clientes, arrisca-se a ser esquecido.

2 - Desenvolva pessoas: Um erro muito comum em tempos de crises é diminuir a verba de treinamento. Este sim é um belo tiro no pé. Capacite as pessoas que trabalham na sua empresa ou equipe, ofereça um verdadeiro significado para que todos atuem de forma mais propositiva e comprometa-os com os desafios da empresa. E lembre-se sempre: as pessoas compõem o motor de uma empresa. Se elas não estiverem satisfeitas, não sairemos do lugar.

3 - Faça uma redução inteligente de custos e busque mais eficiência operacional: Dê especial atenção à estrutura de custos da empresa. O custo da improdutividade, da perda de tempo, das reuniões desnecessárias, das visitas improdutivas, da falta de agilidade, da duplicidade de tarefas e da falta de foco é muito mais alto do que se imagina. Num momento em que os custos do nosso país estão elevadíssimos, temos que fazer mais por menos e não apenas cortar pessoas. Não podemos ser complacentes com estes custos só porque eles não habitam as planilhas financeiras e parecem invisíveis - mesmo que para extingui-los seja necessário readequar a cultura organizacional.

4 - Reinvente produtos e serviços: Já que não podemos aumentar os preços do que ofertamos na mesma proporção que crescem os custos da nossa economia, a alternativa é inovar para que a margem de lucro não diminua. Ouça o que o cliente tem a dizer, pratique a cocriação e agregue novos valores ao que a empresa oferece. Inove processos e sistemas em áreas como, por exemplo, estoque e compras. Não veja a crise como algo unicamente negativo, pense fora da caixa e aproveite todas as oportunidades.

5 - Fluxo de caixa, fluxo de caixa, fluxo de caixa - Mais importante que faturamento ou rentabilidade, é o momento de manter o fluxo de caixa no azul. Evite estoques desnecessários, compras postergáveis e seja eficaz em cobrar suas faturas, dê desconto e, para pagar suas contas, negocie descontos. Mais importante que faturamento ou rentabilidade é garantir o fluxo de caixa positivo e isso exige mão de ferro.

O caminho para superarmos este novo ciclo não é optarmos pelo muro das lamentações ou procurarmos bodes expiatórios. Temos que entender a realidade que nos envolve, superar os ajustes inevitáveis e manter nossas empresas acessas.

Não é o momento de sermos pessimistas nem tampouco otimistas. É a hora de nos mantermos bem informados, adotarmos uma série de precauções (como as que sugeri acima) e continuarmos sonhando com o futuro do nosso país, mas com os pés muito bem fincados no chão.

É o momento de assumirmos as rédeas do nosso destino e seguirmos em frente com foco, determinação e perseverança. E acredite: vamos sair dessa! É só uma questão de tempo.

Fonte: http://www.administradores.com.br/

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